Arquivo mensal: setembro 2011

O Cão, a Cobra e a Águia

Era uma cidade pacata, bastante normal. Como tantas outras, nela haviam vários animais de estimação, alguns silvestres, outros tantos selvagens e alguns peregrinos. Mas os que mais me chamaram a atenção eram um cão, uma cobra e uma águia. A forma como a pirâmide alimentar funcionou nesse caso, é muito interessante…

Cão é cão, não interessa. É aquele ser que protege a todos que respeita. Fiel, ele é forte, corajoso, intimidador e bravo. Mas por vezes, bravura é um defeito… O cão também ladra, todos sabemos, e já diz aquele ditado “Cão que ladra não morde.”

Pois, de certa feita, estava eu a passear e vi um fato curioso. Um cão e uma cobra (tenha cobra como naja, por a nossa “cobra”, na verdade é uma serpente e…) a se encarar. O cão ladrava, batia no chão, fazia alarde. A cobra apenas se colocou em posição de defesa, fixou seu olhar e abriu sua carapaça. Esperava. Esperava.

Então, o cão se descuida. Desinteressado, ele vai se virar para sair, e a cobra se usa do espaço e da o bote. Certeiro. Pescoço furado, veneno na corrente. A morte iminente. O banquete da semana. E foi simples. Ela só esperou o cão dar “bobeira” e atacou. Tão simples.

Satisfeita ela sai de barriga cheia. O seu olhar sempre atento a qualquer movimento que pudesse vir. Suas costas e sua frente estavam protegidas, pois nada poderia segurar seu veneno. Seu ímpeto. Sua ferocidade. Mas quem aqui falou em competição.

Em questão de segundos, a cobra se viu no ar. A águia, que tudo tinha visto, apenas esperou que sua presa se fartasse de alimento para se alimentar dela. Exatamente a mesma tática. Esperar a hora certa para atacar de forma fulminante. Nada nem ninguém consegue se preparar para um ataque surpresa.

NADA nem NINGUÉM…

O Forte, o Medo e A Dúvida

Acredito ter sido em mundo paralelo ao nosso, onde os sentimentos tomam forma de espíritos elementais. É nesse paralelo que os Tecelões de Alma (Soul Weaver, do original) vão buscar seus Aliados de Alma (SoulAlly, do original). Eram 2 inimigos que tentavam demonstrar seu poder. O Medo e a Dúvida.

Ambos sabiam de sua interferência na vida humana, ambas sabiam que era de suas batalhas no interior da Alma dos humanos que se concretizavam os sonhos e as lutas dessas criaturas térreas. A Dúvida, ou Dubitare, sabia que as grandes invenções advinham de sua interferência, na dúvida da mistura, do irreal, do concreto. Mas era o Medo, Phobos era seu verdadeiro nome, quem definia tudo. Se o humano aderisse ao Medo, ele empacaria, e de nada adiantaria a Dúvida ter agido.

Quem propôs a resolução do empasse foi a Sabedoria. Este elemental nunca, jamais, deixou que um ser humano a escolhesse. Era ela quem escolhia os seus Aliados de Alma, e a lista era imensa, somente os mais sábios. Rezam as lendas que o primeiro a lhe conquistar foi Platão, que acabou por se tornar um destes também. Sabedoria, ou Sophia para os mais íntimos. No seu imenso conhecimento, ela propôs que ambos tentassem realizar uma invasão. Ela precisava testar um humano para se alias novamente, e quem vencesse o Duelo para infiltrar-se na mente daquele, seria o campeão.

Phobos sabia como Dubitare agia. Ela esperava que algum impasse abrisse a oportunidade e se infiltrava na mente do humano, a fim de fazê-lo pensar. Este pensava, pensava, pensava e achava uma solução. Essa era a deixa para Phobos agir. Pegar essa solução e prendê-la ao seu corpo, absorvendo toda a motivação que aquele mamífero tinha, e destruindo a ideia por completo.

Mas Dubitare sabia, também, como Phobos agia. E agiu de uma forma mais dinâmica. O humano que Sophia escolheu era um pequeno nômade, que vivia em um mundo onde a energia era escassa. Adown era seu nome. Seu povo vivia da maneira que dava, sendo castigado pelas intempéries climáticas do deserto de Karno’rr. Eles sobreviviam de energia solar, mas seus dispositivos eletrônicos só captavam e usavam energia. A noite era gélida, e nada poderia ser feito na escuridão. Até que este garoto encontrou um cristal estranho.

Este tal cristal tinha uma característica única, jamais vista por aquele jovem. Ele conseguia absorver o calor de uma forma incrível e manter-se totalmente quente durante a noite. “Mas, será que poderia eu me aproveitar disso?” , pensava aquele jovem de pele morena e olhos vermelhos.

Dubitare sentiu o questionamento e agiu. Entrou na mente daquele jovem e fez as dúvidas nascerem. “Sim, posso! Mas como?”, “Claro! E seu misturar isso com isso?”, “Perfeito! Agora se eu acoplar aqui e aqui, será que…?”. Pronto. Ideia concreta. Phobos sorriu, e invadiu a mente do garoto. Ele olhou para seu Pai, e para o Líder. Olhou para o equipamento. Era caro. Era feio. Era pesado. O Medo o fez quase desistir. Ninguém aceitaria um garoto como ele, que, aos 16 anos acha que sabe mais que os outros. Nunca!

Phobos se sentia orgulhoso. Tinha vencido! Claro que tinha! Errado estava.

Dubitare invadiu novamente e, depois daquele “Nunca!”, ela injetou um “Será?”. Não seria esse o conhecimento que faltava? Não seria isso que salvaria o seu povo? Não seria isso que faria com que toda a sua aldeia se transformasse em algo mais sólido, sem precisar ficar trocando de lugar por falta de recursos. SIM! SIM! ERAM ISSO!

Phobos, ao notar aquilo, apenas sorriu. Havia perdido, estava claro. Dubitare usou de sua própria forma de ataque para destruir com ele. Ela havia vencido. Era simples de mais.

Sophia também sorriu. Dubitare havia se mostrado eficiente aos seus propósito, e ela teve que retroceder. “Amiga Dúvida, venha até mim”, pediu. “Seu poder e sua sintonia com este rapaz me fizeram pensar. É você quem deve acompanhá-lo, amiga. É você quem deve mostrar a este menino como utilizar das forças elementais para salvar este povo. É você, e não eu, quem foi escolhida para ser seu Aliado de Alma. Vá, e me faça orgulhosa!”

E ela foi. E tornou aquele jovem extremamente sábio, apenas pela dúvida. Um dia, este garoto gerou um sucessor. Alphonse, era seu nome. Ele era bravo, forte e guerreiro. Mas, como era pequeno, ninguém o temia. Mas Dubitare sabia a quem chamar.

Phobos aceitou o chamado, e invadiu a mente daquela criança, nos seus 7 anos. A partir dali, ele passou a ser temido. Seu ímpeto era poderoso, seu olhar destruidor, suas palavras destrutivas. Ninguém conseguia ficar muito tempo na sua presença, pois o temor de que ele os atacasse era deverás grande.

Alphonse se tornou o mais poderoso chefe de tal aldeia e convocou Adown, seu Pai, a lhe aconselhar. Pois ele sabia que, apesar de todos o temerem e o admirarem por isso, era a Dúvida que o fez nascer, crescer e imaginar o futuro que ele queria para seu povo.

Os dois inimigos, Phobos e Dubitare, tonaram-se grandes amigos, e companheiros na proteção e amadurecimento daquele povo. E só tinham o que agradecer aquela grande alma, Sophia. Pois se Phobos gera respeito, Sophia também gera. E se Dubitare gera Sophia, não geraria Sophia também Phobos? Eles eram apenas 3 pontos do mesmo círculo.

O Círculo fechado que a todos nós engloba. O Anel da moeda, que junta a face do bem e do mal…

Sou feliz porque tenho ela ao meu lado

A maioria de vocês já deve estar sabendo que hoje é dia do cantor. Aí, vem aquela bela e boa frase, que sempre me lembro nos momentos mais difíceis, “Quem cante, seus males espanta.” Mas não é só isso. E é só isso também. Ah, música, sua criança levada!

Possivelmente essa forma mágica de demonstração de sentimentos deve ter sido uma as primeiras coisas que o homem inventou, talvez até antes mesmos das palavras. Todos nós temos tendência de fazer coisas ritmadas, ora pois! Olhai nosso movimento, nossos passos, nossa sincronia. É como uma batida leve de música, 1,2,1,2,1,2, ai, você corre 1,2,3,4,1,2,3,4. Simples. Mágico. Libertador.

Algumas pessoas dizem “ah, eu não ouço música”. Pobres coitados. Não sabem o que perdem… Eu sou movido a música. Momentos ruins pedem música para melhorar, momentos bons pedem música para… melhorar. Momentos reflexivos pedem música para pensar, momentos “foda-se” pedem música para gritar. Música pede música, “jeras”.

Aí, tem gente que diz “eu sei tocar nada”. Mentira! Você sabe tocar pelo menos percursão! Da próxima vez que você ouvir uma música que goste, olhe para seus pés. Aposto que eles batem no chão, no mesmo ritmo. Quando você deixa que esse sentimento tome conta de todo o corpo, criasse a música e a dança. São as mais puras demonstrações de felicidade e revolta. Ah, música.

Aí, eu olho pro lado. Todos nós já nos sentimos assim, meio que abandonados. Mas eu sei como fazer passar. Eu olho para aquele corpo ruivo e o toco. Simples assim. Por que com minha viola ao lado, eu sou sempre feliz. E ela ajuda a passar essa felicidade a diante.

E se você também é assim, só tenho uma coisa a dizer, para concluir. FELIZ DIA DO CANTOR, meu companheiro!

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Só os Loucos Sabem – Charlie Brown Jr.

Agora eu sei exatamente o que fazer. Bom recomeçar, poder contar com você, pois eu me lembro de tudo irmão, eu estava lá também, um homem quando esta em paz, não quer guerra com ninguém,

Eu segurei minhas lágrimas, pois não queria demonstrar a emoção. Já que estava ali só pra observar e aprender um pouco mais sobre a percepção. Eles dizem que é impossível encontrar o amor sem perder a razão, mas pra quem tem pensamento forte, o impossível é só questão de opinião;

E disso os loucos sabem, só os loucos sabem. Disso os loucos sabem, só os loucos sabem.

Toda positividade eu desejo a você, pois precisamos disso, nos dias de luta. O medo cega os nossos sonhos, o medo cega os nossos sonhos, Menina linda eu quero morar na sua rua. Você deixou saudade, você deixou saudade Quero te ver outra vez, quero te ver outra vez, você deixou saudade.

gora eu sei exatamente o que fazer. Bom recomeçar, poder contar com você, pois eu me lembro de tudo irmão, eu estava lá também, um homem quando esta em paz, não quer guerra com ninguém,

O Cinza, a Humanidade, e o Anel

Dizia um dos filósofos que eu sempre esqueço o nome, “Todo o humano nasce bom”. Ah, pobre alma. Como todo o ser humano (ou quase todo?) tem seus conceitos baseado na eterna Guerra entro o Bem e o Mal. Não existe meio termo. Será?

Olhemos para as cores. Dizem que o Branco, todo puro, uma mistura de todas as cores, representa o Bem, o Sagrado. Já o Preto representa a corrupção, a falta das cores, o Mal. Extremos. Sempre os extremos contaram para esses olhos brancos da humanidade…

Aí, se olha para a mitologia. Deus, o Todo Poderoso, salvando as almas e purificando o mundo da perversão que Satanás representa. As chamas do Inferno competindo com os Anjos do Céu. Pra quê?

Esse conceito é extremamente tosco. Querem um caso histórico eu dou caso histórico. Olhemos a beleza e a valentia dos Cruzados nas Cruzadas. Não eram eles Guerreiros lutando pela reconquista da Terra Sagrada, livrando ela dos infiéis em Deus.

Mas… E os muçulmanos? O que eles faziam?? Não estavam eles defendendo a MESMA Terra Sagrada dos infiéis em Ala? Quem era o Mal? Eu não vejo diferença alguma…

Aonde eu quero chegar? Eu quero chegar no Cinza. Eu quero chegar no Anel. Eu quero chegar no Humano. Porque, não é simples? Se existe o Branco e o Preto, existe o Cinza. Se existe a Esquerda e a Direita, existe o Centro. Se existe o Céu e a Terra, existe o Humano, que nasce Neutro é “corrompido” por um dos lados.

E existe o Anel. Ah, o Anel. Me digam, amigos, quantas faces tem uma moeda? Duas? A cara e a coroa? Errado. Três. A cara, a coroa e o Anel. que liga ambos. Porque é simples. A linha que divide o Bem do Mal é tênue de mais para ser acredita como algo irreal.

Ah, um dia vocês vão entender…

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Lágrimas do Dragão – Bruce Dickinson

Por muito tempo agora, havia segredos na minha mente. Por muito tempo agora, havia coisas que eu deveria ter dito. Na escuridão, eu estava cambeleando procurando a porta, para achar uma razão, encontrar um tempo, um espaço, a hora.

Esperando pelo Sol do inverno e a luz gélida do dia. Os esfumaçados fantasmas dos medos infantis, a pressão está aumentando e eu não consigo me manter distante.

Eu joguei a mim mesmo no mar. Libere a onda, deixa ela me lavar. Para enfrentar o medo que eu uma vez acreditei. As lágrimas do Dragão, para mim e para você.

Onde eu estava, eu tinha asas com as quais eu não podia voar. Onde eu estava, eu tinha lágrimas que eu não podia chorar. Minhas emoções, congeladas num lago gelado. Eu não podia senti-las até o gelo começar a quebrar.

Eu não tenho poder sobre isso, você sabe que eu estou com medo. As paredes que eu construí estão tremendo, a água está se movendo. Eu estou escorregando.

Eu joguei a mim mesmo no mar. Libere a onda, deixa ela me lavar. Para enfrentar o medo que eu uma vez acreditei. As lágrimas do Dragão, para mim e para você.

Lentamente eu acordei, lentamente eu me levantei. As paredes que eu construí estão tremendo, a água está se movendo, eu estou escorregando.

Eu joguei a mim mesmo no mar. Libere a onda, deixa ela me lavar. Para enfrentar o medo que eu uma vez acreditei. As lágrimas do Dragão, para mim e para você.

Eu joguei a mim mesmo no mar. Libere a onda, deixa ela me lavar. Para enfrentar o medo que eu uma vez acreditei. As lágrimas do Dragão, para mim e para você.

Humanos, cavalos e centauros

Diz que de certa passada, lá pelas bandas do Trópico de Capricórnio, havia um Rio Grande. Ele, contrariando a maioria dos seus irmãos, começava perto do litoral, e dava uma baita banda até encontrá-lo novamente. Graças a este Rio que contrariava a normalidade, um povo cresceu, de várias etnias.

Os primeiros a ali pisar eram os Índios. Eram belos guerreiros, de cor de cuia, que embaiavam arcos e flechas, usavam de chás e era exímios dançarinos e cantores. Mas tinham um defeito. Eram inocentes.

Depois de anos, chegaram os Europeus. Pragas incontestáveis, de uma ganância enorme, sugaram tudo que aquela Terra tinha de bom. Seus metais, suas arvores, seus animais. Seu povo. Tentaram escravizá-los, mas estes não deixaram assim fácil. Lutaram como guerreiros que eram.

Infelizes que eram os Europeus, após quase exterminarem os Índios, trouxeram a 3ª grande etnia, os Negros. Vindos da África, onde eram represados por líderes desgraçados, eram vendidos a troco de nada para aqueles brancos imundos, para fazer os trabalhos braçais.

E assim a base das 3 etnias foi feita. O povo foi crescendo e se misturando. Os Negros e os Índios começaram a serem aceitos pelas classes mais baixas do Europeus, e a mistura foi aceita. Então, quando o Povo estava crescido, houve uma guerra.

O Resto do País era inescrupuloso. Não aceitava o poder daquela mistura, e taxava de alta forma os bens que aqueles produziam. Os mais “poderosos” daquelas Terras Sulinas se rebelaram, e conclamaram uma grande Guerra. Todos deviam lutar, com muito a ganhar.

Aos Negros e aos Índios foi prometida a Liberdade, se sobrevivessem a tal duelo. Anos se passaram, heróis e mercenários foram conclamados, e a vitória não vinha. Assim, por opção de não mais se perder vidas, foi se tratado um acordo de paz. Os Gaúchos, em seus cavalos, conseguiram ser ouvidos.

E assim nasceu o tal povo. Destemido e forte como um cavalo, aquele companheiro poderoso dos Guerreiros, estes apenas desfrutaram de sua conquista. Estavam satisfeitos em serem diferentes, honrados e poderosos.

E, ao se olhar para suas sombras no chão, montados em seus cavalos, alguns poucos se apavoravam. Aqueles seres, tão belos e tão diferentes, se misturavam. Eles não eram mais humanos. Eles não eram mais cavalos. Eles eram ambos, unidos pela força do destino. Eles eram os verdadeiros Centauros.

O Grande Caminho

Penso ter sido num dia chuvoso, lá pelos meados de Julho, quando aquela criatura veio ao mundo. Abençoado pelo Caranguejo, com o Sol dizendo “Aquário” e a Lua gritando pelo Sagitário, aquela pequena coisinha veio com ajuda dos outros. No sofrimento, como sempre.

Cresceu, um ser pentelho. Seu nascimento não era planejado, mas ele insistiu. Seu parto era para ter sido antes, mas ele quis complicar. E até nas coisas simples da vida, mesmo pequeno do jeito que era, ele não queria coisa fácil.

Gritava, esperneava, enchia o saco de todos e todas. Mesmo assim, ainda conseguia atrair o carinho de muita gente. Aquele pequeno de energia incrível nunca parava, e isso nem sempre era tão bom.

Um dia, numa explosão de fúria, fez um escândalo na frente de centenas de centenas de pessoas. Só havia uma coisa a ser feita, e foi. Seu Pai o pegou e o castigou, para aprender a parar quieto um pouco. Adiantou, e muito. Aquela fúria toda agora tinha um limitante. O medo.

Cresceu mais quieto, mais pensativo. Desenvolveu lenta e calmamente um poder que pouca gente sabia usar. A inteligência. Virou guerreiro, pintor, escritor, matemático. De todas as áreas gostava um pouco. Mas poucas coisas lhe deixavam mais entusiasmado do que o amor.

O amor pelos amigos, pela família e por aquelas que ele achava poderem ser seu par perfeito. Mesmo assim, amando a muitos, ainda era quieto, acanhado. Até que ele descobriu um amor ainda mais intenso, que queimaria a sua alma até o último Carbono, e faria com que as pessoas o taxassem de louco. O amor pela Ciência.

Foi com este amor que ele cresceu. Analisou superficialmente todas as áreas e se maravilhava como todas se interligavam. Os 4 elementos da Ciência o encantavam, e ele sempre os usaria do jeito que desse. Até que, um dia, seu mundo caiu.

Por motivos que ninguém sabe, nem mesmo ele, ele caiu e um precipício de dor e agonia. Sem motivos, sem razões, sem emoções ele se isolou e entrou em um estado de profunda evolução interna. Mudar! Mas como? COMO??? Sua Mãe o ajudou dessa vez.

Como última escolha, e usando do que não tinha, Ela o mandou embora, para outro continente. Ele foi obrigado a evoluir em outro idioma e teve a chance mais preciosa de sua vida para mudar. Ele conseguiu ler sua obra.

Para e refletir sobre toda a sua vida. Porque ele falhou tanto? O que o levou a cair tão rápido? COMO?? A resposta era simples, e ele sempre a soube. Ele só não acreditava que aquilo era possível. Inocência era o seu câncer.

Inocência, pois ele ainda acreditava que todo o ser humano era bom. Ele tinha construído um castelo no qual a base eram os outros. Os outros fugiram, seu castelo caiu. Era simples. Agora, não. Agora seu castelo tinha uma base mais forte, uma base que evoluía com o tempo. Sua própria alma.

Mas, para fazer isso, ele teve que pagar um preço alto. Teve que sacrificar aquilo que seu Pai lhe tinha dado com tanto sacrifício. O seu medo foi reduzido para que sua força fosse aumentada. Assim, ele perdeu grande parte das correntes que o prendiam. Com seu Medo, sua Vergonha e boa parte de sua Sensatez foram juntos. Agora ele era espontâneo. E algumas pessoas o criticaram.

Claro, elas não o entendiam mais. Aquele garotinho, antes tão caridoso, se tornará em uma fera impiedosa, que passava por cima dos que não lhe serviam. “Mudaste!”, lhe falavam. E ele sabia que sim. Mas não daria mais bola. Foram os outros que o machucaram, e ele não deixaria isso acontecer de novo. Ele seria muito mais ele.

E nesse novo formado, com essa nova fúria, ele retrocedeu. Agora, ele é muito mais parecido com aquela criança que esperneava do que com aquele que pensava antes de agir. Mas a vida é isso. Não se faz uma mariposa sem um casulo. E no casulo, o que se tinha antes, era uma voraz lagarta.

E agora, com essa asas que ele mesmo lhe deu, ele não mais olhará para trás. Ele sabe onde quer chegar e o que deve fazer. Ele sabe que o Grande Caminho recém está começando.

Conhecer, Planejar, Destruir e Restituir

Estava eu fazendo algo que muito me apetece. Estudar temas aleatórios. Bem, não tão aleatórios, uma vez que estava estudando Alquimia. Ah, o velho desejo te tentar reencontrar essa química mágica que influi no espírito e no corpo. Bem, mas a base dela eu conheço, os quatro passos básicos.

Para se realizar algo na vida, seja qual for o algo, devemos pensar nesses passos. Conhece, Planejar, Destruir e Restituir. É simples, é prático e soluciona qualquer problema que qualquer pessoa possa vir a ter na sua vida. Vamos que vamos!

Conhecer implica em estudar. Se você está passando por um problema intenso, conheça-o, infrente-o como um sábio. Olhe em seus olhos e tire todos os dados possíveis. Porque tá acontecendo? Como começou? De quem foi a culpa? Como funciona?

Com estes dados, podemos começar a Planejar. Simplesmente pensar no melhor caminho de se resolver ele. Será que devo virar e deixar quieto? Ou, quem sabe, apenas argumentar e resolver o problema? Se nada der certo, passamos para o terceiro passo;

Destruir se baseia em, uma vez conhecido o problema e se saber o que quer fazer, destituir ele em fragmentos menores, baseado em “dividir para conquistar”. Pegar uma grande pedra, arrebentar com ela e trabalhar com o quartzo, o diamante e o ouro é muito mais fácil do que ter um bloco inútil em casa, confere?

Aí, vem o Gran Finalle, a Restituição. Se você tinha um videocassete velho em  casa, porque não o destruir e transformar ele em algo mais útil? “Ah, não sei mexer!”. Simples, volte para o passo 1, conhecer, e recomece o ciclo. Easy peasy.

E assim que resolvo todos os problemas que encontro. “Tu é muito explosivo”, me dizem. Claro que sou, mas de uma forma calculada. A Destruição, que eu normalmente uso como “Explosão”, é só o terceiro passo, amigos. E depois dela vem a parte divertida. Depois dela vem a parte que faz Alquimia ser tá interessante…

É, eu nasci para ser a um bosta de um Alquimista…

A carne molda o dia – Tom Morello (Tradução livre de “Flesh shapes the day”)

Você pode ter ouvido diferente, mas eu sei que é verdade. Jesus, Maria, José e o Apóstolo Paulo eram negros. Dez letras eu escrevo, todas elas se leem iguais. Nove círculos eu desenho, um deles sobre teu nome.

E terra e liberdade! E aço e fé! Dente e ossos e nervos! Pele, cicatriz, sujeira e fogo! Não importa quem tu és, não importa o que tu dizes! Carne molda o dia!

Agora está claro como um pilar de fumaça, e copos de Starbuck quebrados. Sim, eu apoio minha tropas! Elas balançam bandeiras negras! Elas usam mascarás negras! Todas as ruas estão fechadas, fumaça está subindo pelos campos. Os monstros deixaram suas celas, um anjo os libertou.

Terra e liberdade! Aço e fé! Dente e ossos e nervos! Pele, cicatriz, sujeira e fogo! Não importa quem tu és, não importa o que tu dizes! Carne molda o dia!

Hospitais de veteranos e magias de bruxas. Barato de comprar e caro de vender. E pequenas garotas coletando conchas. E memórias sobre as prateleiras.

E sinos tocando, e corais de escolas, e cães fiéis ao lado do fogo! E bilionários, e open bars, e saídas mais cedo, e julgamentos difíceis!

E terra e liberdade! E aço e fé! Dente e ossos e nervos! Pele, cicatriz, sujeira e fogo! Não importa quem tu és, não importa o que tu dizes! Carne molda o dia!

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