Uma profecia…

Diz ter sido em um local diferente, talvez o mesmo plano de onde os aliados de alma vem, não sei ao certo. Neste mundo, as almas vinham e iam, como se viessem apenas para absorver os vastos conhecimentos que aquela terra possuía.
Claro que algumas destas almas faziam mais. Tentavam lutar pelos direitos das outras, tentando quebrar a tirania que as almas perpetuas, aquelas que não voltavam aos seus mundos de origem, com força e garra pouco vistas por ali.
Mas essas almas corajosas eram, se não, transeuntes. Estavam lá por tempo determinado, desaparecendo daquele plano para voltar outro hora, quando se fizesse necessário. E era neste momento que tudo ia água a baixo.
As perpetuas se aproveitavam de tal tempo, pois todas as lutadores, ou grande parte delas, acabavam por sair juntas. Sem aquelas para lutar, eles atacavam tudo aquilo que as outras, com tanta ousadia e astucia, haviam conquistado. Sem dó, sem pudor, sem vergonha.
E quando as guerreiras voltavam, o passo anterior já havia sido dado, e as outras, que não as corajosas nem as perpetuas, se indignavam e brandiam suas armas, em fúria que, se canalizada, adiantaria para algo.
Mas nunca adiantava. Cão que ladra não morde e fogo de palha se consome rápido. As indignadas se esqueciam em pouco tempo, por mais que as guerreiras tentassem lembrar lhes.
E o ciclo prosseguira, a não ser que alguém, de alguma forma, consiga mudá-lo, e transformar as indignadas em guerreiras.
Mas quem? E quando?

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