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Prefácio

A escuridão me atormenta a mais de dois séculos. Passo dias e anos pensando nos momentos que me fizeram aqui chegar, mas nada passa de reflexos de uma mente confusa.

Dias e noites não fazem sentido. Para tentar recobrar a pouca razão que ainda tenho, resolvi escrever as memórias mais vivas que tenho, e mostra-las aos que tiverem interesse.

Penso muito no que nos tornamos, de guardiões a usurpadores em alguns milênios. O tempo não mais me preocupa, já sinto o seu distanciamento há quase um milênio, e ele ainda parece… Intangível.

Os humanos acham que lidam bem com seus alimentos, coitados. Esses relatos devem mostrar a eles, e até mesmo a nós, que a vida tem mais surpresas e complicações do que qualquer um pode prever.

Minhas companhias noturnas estão escassas, e eu tenho pouco tempo pra minha jogada. Escrevo para ver se o tempo colabora com esta pobre alma.

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Crônicas de uma grana que já foi…

Essa foi uma daquelas experiências que o cara tem que partilhar. Porque, né, todos sabemos que temos histórias que queremos e precisamos mostrar ao mundo… Mas essa é história de fato, não estória ou invenção. E acho que devo partilhar.

 

Diz que recebi uma quantia de dinheiro interessante pra uma banda. Aquela nota do macaquinho, tão nova e tão bela que dava pena de gastar. Pois bem, com esse pequeno amigo  (o mico, no caso), me bandiei pra uma festa que, bem…, não era pra mim.

Era um lugar pra ser de festa mesmo, mas só vi pequenos detritos de alma em combustão. Pequenos seres que, recém querendo sair dos seus pequenos casulos, já sugavam do mundo. Ora pois, queriam araras, garças e até micos pelo direito de se entrar na festa! Achei um verdadeiro ultraje! Até podia fazer o mesmo, mas resolvi não. Fiz só o que achei justo.

Deixei lá um pedaço de mim, pra ver o que aconteceria com essa ligação de alma num mundo tão… Podre. Ah! Recuperei parte da minha vestimenta, tempos atrás deixada naquele mundo… estranho. Mas, antes disso, vem a parte do benefício de outros…

Quanto entrei ouvi um “quanto no ingresso?” e um “15 mangas é teu”, e eu com um sobrando no bolso. Tirei do bolso, olhei pro cara, olhei pro meu ingresso e dei pra ele. Ele, com um sorriso, disse “Bá! Valeu! Tu é brother!”. Brother… Irmão… Até faz sentido.

Pois bem, aquilo, do jeito que tava, não me fez bem. Tanta mesquinhez… Peguei minha veste e sai. Mas, claro, recuperei o ingresso que tinha gasto pra entrar. Achei um elemento tão diferente do meio quanto possível e falei um “Tó, faça bom uso.” Ele “Massa! Como te pago?”. Só pude dizer um “Retribui pra alguém, um dia.”, pois já fizeram isso comigo… E deu certo…

Bem, fui pro meu lugar, aquele inferno de prazeres e deveres, com música alta e ceva gelada. Olhei pro mico, o mico olhou pra mim e eu tive que me despedir dele. Peguei 2 equivalentes em cerveja e mais uma arara. Aliás, bem bela ela. Tão bela que me alimentou depois.

Né, final de festa, contatos garantidos, a gente sai sempre com alguém especial. E pode vir a partilhar. E tinhamos fome. Juntamos os trocados e usamos a arara pra comer um xis. Meu amigo me lançou os trocos e comemos metade um belo cão galinha, o qual, aliás, deve ser um animal excepcional!

Pois bem, acabei por dormir no meu amigo e acordar com um barulho absurdamente alto! Fui ver o que era e era uma marcha! Pela não violência as mulheres! E contra o câncer! Absurdamente alto! Certo que fui me juntar a eles! 

Cheguei na praça e gostei do que vi. Gente de todas as etnias, observando enquanto aquela líder, forte líder!, falava sobre os projetos e explicava o que se passava. Bela líder! Pena que nossa cidade escolheu um vampiro louco pra governá-la. Mas, né… Cada povo tem o líder que merece.

Mas não é esse o ponto. O ponto eram os niqueis e a garça que sobraram no meu bolso. E minha fome. Fome por ajudar. Comprei uns biscoitos com o intuito de partilhá-los com alguém, e desci aquela rua de muitas tentações. Ali havia um tesouro que meu alimento certamente faria mais… precioso ainda.

Era uma família… A base da nossa sociedade. Dois pequenos meninos e sua mãe. Pois bem, eles não pareciam entender minha fala, mas não havia a porque. Sentei ao lado deles e abri meus biscoitos. Ofereci. Nada. Peguei um e dei a um menino. Vitória! Comi um e ofereci outro a mãe dele. Ela me olhou e aceitou. Eu me levantei e sai. Simplesmente.

Porque, né, se eles aceitaram meu presente, porque deveria eu ficar ali e observá-los? Eu tinha mais que fazer! Assim como eles, claro. Tanto que eles se nutriram de alimento, e eu de entendimento. Simplesmente gostei do que foi feito e vim pra casa, feliz, só pra escrever isso.

 

Faça o bem, não imporata a quem.

Crônica do início, meio, fim e a felicidade

Me fizeram acreditar que era, cresci assim, que vou fazer?

Eram dois mundos longe, tão longe que não se tocavam…

E se, se tocavam, era o Caos perfeito, tão lindo, tão lindo!

Era sangue, era arte, era coração e grito. Tanto energia que dava vontade de entrar.

Mas os tempos mudam, tudo muda, quase vai e nunca foi…

Tamanho o caos, as pessoas evitavam os tais… templos em dia de… festa?

O que antes era belo, excedeu… O caos da alegria virou um caos de violência… Por pura inveja…

Mas não é esse o ponto, mas outro. Um momento sublime, o maior paradoxo que este pequeno mundo vermelho e azul jamais viu!

Algo até profético, lindo de mais pra os ouvidos, mas não demais para o coração… E as palavras se seguem:

“Um dia, um ato.

Quando um parte, o outro nasce.

Quando um nasce, o outro parte, ruí.

E, assim, se une o que antes era separado.

E se espera que, do caos, se venha a paz, o amor.”

Pensamento de um caminhante sobre a Arena e o Olímpico.

Vá, comungues

Se tu tens algo que quero

Se eu possuo algo que tu quer

Me proponho algo, comungo

Se tu também, vá, comungar

 

O mundo não é só um

Todos estamos aqui, não é?

E somos todos filhos (de quem?)

De uma mesma mãe! G,A,E,A

 

Todos os caminhos se cruzam

E nós queremos caminhar (é)

Assim seremos um, só um

 

 

E o resto, deixo pra vocês. Sejam bem vindos, meu queridos. Sejam bem vindos as suas dúvidas.

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Época de mudanças?

Faz pouco tempo que vi uma frase de um algum pensador que eu achei bem… válida. Ou quase isso. Dizia algo como “ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição”. Até concordaria, se fosse algo dito a 20, 30 anos atrás….
Ou vocês vêem revolução agora? Ou vocês vêem alguma mudança no jeito de ser e pensar? Digo, até há! Mas é pro pior!
Antigamente nossos pais cantavam com força e orgulho músicas de crítica, dúvida, revolta. Músicas que lhes marcaram e até hoje cantam com lágrimas aos olhos. Hoje em dia a grande maioria das músicas simplesmente falam de sexo. Ou de como conseguir. Ou de dinheiro. Ou de ser corno.
E os ídolos? Nossos ídolos, agora, são simplesmente rostinhos bonitos! Não tem pensamento próprio, são usados simplesmente como fantoches da industria para que essas vendam mais! E achamos lindo!
Eu rezo por mudanças! Eu suplico por um dia em que as pessoas valham por suas ideias, seus ideais, sua integridade, não pelo carro que tem, o tênis que vestem ou corpo que possuem.
Eu rezo pela mudança profunda… Eu espero pacientemente por ela, pois ainda acredito que, um dia, nossos jovens vão se erguer e dizer “basta!”.
Mas será um dia diferente. Um dia de gloria…

Uma profecia…

Diz ter sido em um local diferente, talvez o mesmo plano de onde os aliados de alma vem, não sei ao certo. Neste mundo, as almas vinham e iam, como se viessem apenas para absorver os vastos conhecimentos que aquela terra possuía.
Claro que algumas destas almas faziam mais. Tentavam lutar pelos direitos das outras, tentando quebrar a tirania que as almas perpetuas, aquelas que não voltavam aos seus mundos de origem, com força e garra pouco vistas por ali.
Mas essas almas corajosas eram, se não, transeuntes. Estavam lá por tempo determinado, desaparecendo daquele plano para voltar outro hora, quando se fizesse necessário. E era neste momento que tudo ia água a baixo.
As perpetuas se aproveitavam de tal tempo, pois todas as lutadores, ou grande parte delas, acabavam por sair juntas. Sem aquelas para lutar, eles atacavam tudo aquilo que as outras, com tanta ousadia e astucia, haviam conquistado. Sem dó, sem pudor, sem vergonha.
E quando as guerreiras voltavam, o passo anterior já havia sido dado, e as outras, que não as corajosas nem as perpetuas, se indignavam e brandiam suas armas, em fúria que, se canalizada, adiantaria para algo.
Mas nunca adiantava. Cão que ladra não morde e fogo de palha se consome rápido. As indignadas se esqueciam em pouco tempo, por mais que as guerreiras tentassem lembrar lhes.
E o ciclo prosseguira, a não ser que alguém, de alguma forma, consiga mudá-lo, e transformar as indignadas em guerreiras.
Mas quem? E quando?

Mas porque?

Eu devo ser chato pra caralho, no mas. Eu paro, fumo um cigarro olhando pro céu e me pergunto “mas porque mesmo?” Se todo mundo vê, sente e quer, porque não? O povo sente e pressente qualquer movimento mal dado por seus “governantes” e apenas assiste. A maioria desses passos são desastres titânicos, de grandeza superior à forca de Atlas, mas fazem algo?

Depois vemos a sociedade ir contra ela mesma, em atos de suicídio que me dói aguentar. Como pode o povo ir contra ele mesmo por motivos tão banais? Como podem pessoas morrer por coisas que crianças sabem ser erradas???

Mas porque, meu Deus, porque que fazemos nada? Porque que a gente só assisti a esses espetáculos do menor gosto possível e só assisti? Porque aceitamos? Porque nos indignamos? Porque nos comovemos???Não seria porque sabemos o que é justo e o que não é? Não seria porque temos medo do que os outros irão falar? Não seria porque temos medo de cavalos, armas e sprays?!

Somos covardes! A sociedade mais covarde jamais vista! E eu me envergonho de nós! Me envergonho do nosso silencio!

Mas porque mesmo?

The SoulWeaver Paladin, Adown

This is Adown, my character for DragonFable.

Being chosen to be nothing, he was able to be anything. Abandoned when a baby, he was grown by farmers and started training to be a knight when he was a child. His parents got killed by some bandits, while he was training and he sewered revenged. So he started to train as a Paladin, the ones who battle for justice. In his travels, he found a SoulWeaver, and started to train this as well. Dubitare was his first SoulAlly, followed by Phobos. It was then that he decided to be something new. A mix between the Paladins and the SoulWeavers. This is what he became

Um tempo tranquilo

O corpo cansado, a mente quieta. Nada mais me incomoda… Aqueles tempos de revolta estão quietos, esperando renascerem. E a quietude instiga a minha curiosidade… Do mais nada…

Mas me preocupo, mesmo assim. Se o tempo é de quietude, é porque vem coisa grande aí. E quando a coisa é grande, muita gente sai dolorida.

Mas, o que poderia vir a ser? Um amor perdido, voltando? Uma preocupação antiga sorrindo de volta? Uma dor na alma querendo voltar a assombrar? Ou simplesmente aquela paz que todos nós tanto desejamos mas não sabemos usar?

Mas, pra que paz? Se paz é viver quieto, com nenhuma preocupação, vale mesmo a pena? Quero dizer, que proveito dá para tirar da paz? Alguma coisa muda sem um pouco de caos? Haveria alguma melhoria científica, social ou até mesmo política na paz? Ou tudo se estagnaria e os conformistas finalmente teriam a sua tão desejada conformação?

E eu? Conseguiria viver nesses tempos? Em tempos em quem ninguém precisa de ninguém, pois estão completos? Num tempo em que a ajuda não faria mais sentidos, as lutas seriam apenas barbáries e nem mesmo as vacas se dariam ao luxo de parar de pastar?

Não, não conseguiria… Se nem em tempos tranquilos eu consigo parar de pensar em mudar, acho que em tempos de paz o meu ócio me devoraria por completo, e nem mesmo minha alma, que tanto gosta de pelear, conseguiria sobreviver.

Pois quem nasce para guerrear, não sabe o que a paz significa…

A Mascará da Ganância

O Sorriso mostra a hipocrisia, os olhos vermelhos a tenacidade e a estrela na teste serve para nos desviar a atenção…

Criada para representar a ganância dos empresários de Santa Maria, a mascara deveria ser usada no dia 5 de novembro, se esta cidade tivesse alguma movimentação. Não teve.

By: Estevan D. Cruz